Uma investigação realizada pela Divisão Especializada em Investigação e Combate ao Crime Organizado (DEICOR) resultou na condenação de oito pessoas integrantes de uma organização criminosa de atuação interestadual especializada em crimes contra instituições financeiras. A Operação “Marco Zero” foi deflagrada em 22 de novembro de 2017, com a prisão de 09 pessoas investigadas por ataques a agências bancárias na modalidade explosão, conduta também conhecida “novo cangaço”. O julgamento do processo pela Justiça Federal da 5ª Região, que condenou todos os envolvidos, aconteceu no início deste ano, ratificando o trabalho realizado pela Polícia Civil.
A organização criminosa, caracterizada pelo uso de extrema violência contra as forças de segurança e utilização de armas de grosso calibre, era chefiada por Roberto Menezes de Queiroz, que foi preso pela Polícia Civil logo após a deflagração da Operação. A investigação que prendeu o grupo criminoso durou 05 meses e resultou no encaminhamento do inquérito policial para a Justiça Federal do Rio Grande do Norte. Durante as investigações, quatro criminosos integrantes da organização criminosa: Eduardo Ferreira Martins, Osmarindo Saraiva do Nascimento, Cleudson Whebster da Silva, conhecido como “Choquito”, e Messias Araújo da Silva faleceram em confrontos policiais.
Os outros envolvidos foram condenados: Roberto Menezes de Queiroz, reclusão de 70 anos e 01 mês e o pagamento de 1.514 dias-multa; John Breno Rosendo da Silva, reclusão de 16 anos e o pagamento de 242 dias-multa; André Marques de Albuquerque, conhecido como “André Cabeça”, reclusão de 16 anos e o pagamento de 242 dias-multa; Arthur Kennedy Martins, reclusão de 16 anos e o pagamento de 242 dias-multa.
Paulo Alana Neves Souza dos Santos, conhecido como “Paulinho”, reclusão de 16 anos e o pagamento de 242 dias-multa; Jeydson Bezerra Pegado, conhecido como “Gordo” e/ou “Barrão”, reclusão de 59 anos e 03 meses e o pagamento de 1.302 dias-multa; Suênio Mafra Bassani Valle, conhecido como “Cocão”, reclusão de 59 anos e 03 meses e o pagamento de 1.302 dias-multa e Cleanto Franco da Silva, conhecido como “Irmão”, reclusão de 13 anos e 07 meses e pagamento de 72 dias-multa.
Caso
O grupo inicialmente estava sendo investigado por explodir as agências no município de Touros/RN, crimes ocorridos em 03 de julho de 2017. O aprofundamento das investigações indicou que a organização criminosa também praticou o mesmo tipo de crime contra agências bancárias em João Câmara, em 05 de abril de 2017; Sítio Novo, em 04 de maio de 2017; São Miguel 01 de junho 2017; Goianinha 09 de junho de 2017; Canguaretama, em 30 de junho de 2017; Novo Lino/AL, em 02 de julho de 2017 e Belém e Malta/PB, em 29 de julho de 2017.
Logo após a operação, evidenciou-se uma redução de aproximadamente 40% dos crimes desta natureza no Estado do Rio Grande do Norte.