Os meses de julho e agosto de 2015 foram marcados pelos casos de estupros ocorridos na cidade de Natal e Região Metropolitana, que causaram um medo momentâneo nos moradores das cidades de Natal, Extremoz e Ceará-mirim, vindo a destacar o empenho das polícias Civil e Militar na captura dos suspeitos de estupros e atos de atentado ao pudor, nestas cidades.
Em Natal três estupradores sendo um homem identificado como Alex do Nascimento, de 22 anos e dois adolescentes que são gêmeos e cunhados do Alex, promoveram uma onda de estupros coletivos na zona Oeste de Natal. Eles cometeram três atos de violência sexuais, sendo detidos nas primeiras horas da manhã desta quinta-feira (20), após uma investigação da Polícia Civil de Natal.
Na cidade de Extremoz, duas jovens de 14 e 16 anos, foram abordadas no momento em que saiam de uma escola no município e levadas para um matagal, onde passaram cerca de cinco horas sendo violentadas por um usuário de drogas que estava com um simulacro de arma de fogo. Ele foi detido na madrugada da sexta-feira (21), por policiais militares da cidade, certa de meia hora após o crime.
Já em Ceará-mirim, um homem identificado como Oswaldo Gomes da Silva, de 38 anos, foi detido pela Polícia Militar, por está se masturbando para algumas crianças que brincavam em via pública na cidade, sendo conduzido para a Delegacia de Polícia Civil para os procedimentos cabíveis.
Após os casos registrados, foram feitos alguns questionamentos pela população Norte-rio-grandense como; Qual o perfil de um estuprador? Como eles escolhem as vítimas? É Pura maldade?
Encontrar o perfil do criminoso sexual é decisivo para a elucidação dos casos como os dos estupros coletivos ocorridos em Natal. A psicologia forense que estuda o comportamento dos estupradores sintetizou ações comuns aos infratores.
“São agressores que não escondem a identidade porque, para eles, essa é a utilidade da mulher. Eles escolhem locais seguros. São pessoas que convivem bem na sociedade, mas sempre vendem a fama de machão”. Afirma Ilana Casoy, especialista em traçar o perfil psicológico de criminosos, em entrevista a revista veja on-line de abril de 2013.
O 190rn.com destaca três pontos comuns aos detidos nos últimos dias através de relatos de vítimas e artigos publicados em diferentes sites sobre o perfil psicológico dos estupradores.
- O criminoso encontra o prazer em agredir, ferir e humilhar suas vítimas.
- O crime muitas vezes é desencadeado pelo estresse, conflitos familiares, desemprego, imaturidade, além de distúrbios psíquicos e outros fatores que não justificam qualquer tipo de agressão. No caso das pessoas mais adultas e dos “idosos”, a lesão do lóbulo frontal pode liberar a tara sexual, pois é ali que se localiza o comando racional que freia o desejo sexual.
- O desejo vai além de tratar a mulher como um objeto sexual, mas ela é uma “coisa” que lhe pertence e com a qual ele pode fazer o que bem entender.
Apesar do empenho das autoridades em identificar os agressores, muitas vezes as vítimas se omitem e sedem aos seus estupradores, como nos casos de garotas que são estupradas durante anos por pessoas do seio familiar como; pais, padrastos, primos, tios, avós e vizinhos, o que acaba causando danos irreparáveis a essas crianças e adolescentes violentadas. Nestes casos é necessária uma atenção coletiva quanto às mudanças de comportamento das crianças e adolescentes.
Para um estuprador, qualquer mulher que ande em locais esmos, com pouca movimentação, em horários inadequados e em muitos casos, desacompanhadas, são vítimas em potencial desses maníacos e de assaltantes, mas claro que não somos os culpados pelas mentes inescrupulosas desses bandidos.
É muito importante à denúncia para que outras pessoas não sejam agredidas por falta de punição, quando muitas vezes a única prova dos atos cometidos, são sufocadas pela dor e a vergonha vivida por cada mulher violentada.
DENUNCIE!
Se você mulher, foi ou conhece alguém vítima de agressão sexual, procure a Delegacia Especializada no Atendimento a Mulher (DEAM) localizada na rua Frei Miguelinho, 109, no bairro da Ribeira ou entre em contatos pelos telefones (84) 3232-2526 da delegacia, 181 ou (84) 98149-9906 (Whatsapp) do Disque Denúncia. Sua identidade será preservada e você ajudará a identificar vítimas e agressores de qualquer caso de violência sexual.
