Polícia Civil investiga dois casos de estupro dentro de unidades de saúde do RN em 2022

A Polícia Civil do Rio Grande do Norte investiga dois casos de estupro ocorridos dentro de unidades de saúde da Grande Natal em 2022. De acordo com a delegada Paoulla Maués, coordenadora das delegacias especializadas no atendimento à mulher do Estado, os casos aconteceram em Natal e Parnamirim.

Além dos dois estupros, o Estado registrou, ainda, três casos de importunação sexual. Todos os casos tramitam em segredo.

“Ambos estão tramitando em sigilo, em razão da natureza da violência e para preservação da intimidade da vítima. É investigado sob sigilo, mas, se tiver comprovada, com as provas que estamos juntando, (o agressor) deverá ser severamente punido”, afirmou a delegada, em entrevista à TV Tropical nesta quarta-feira (13).

A delegada diz que os inquéritos estão tramitando e que testemunhas estão sendo ouvidas. Os investigados só serão ouvidos ao final, para minimizar o risco de eles atrapalharem as apurações.

A delegada não informou quem fez as denúncias. Ela enfatiza, entretanto, que qualquer pessoa pode apresentar as informações à polícia – e que o anonimato é garantido. Ela lamenta que casos assim ainda tenham uma alta subnotificação e pede colaboração da sociedade.

“Qualquer um de nós pode presenciar, ser testemunha e denunciar para a Polícia Civil. É importante a gente salientar a nossa responsabilidade perante esses crimes. São crimes repugnantes e, vale salientar, não cabe fiança, se for preso em flagrante”, pontua a delegada.

Caso do anestesista

O médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra dormiu a primeira noite em Bangu 8 após passar por audiência de custódia e ter a prisão em flagrante convertida em preventiva. A unidade, cujo nome oficial é Cadeia Pública Pedrolino Werling de Oliveira, é destinada a presos que têm nível superior.

Por volta das 21h15 desta terça-feira (12), quando chegou ao local, detentos começaram a sacudir as grades, vaiar e xingar o anestesista, como forma de protesto. Seguindo o protocolo, ele passou a primeira noite isolado.

Além de ter sido filmado estuprando uma mulher na mesa de parto, ele é investigado por mais cinco possíveis atos como este cometidos nas unidades em que trabalhou, entre elas o Hospital da Mulher Heloneida Studart, em São João de Meriti.